O álbum de Black Metal do ano. Eu estava estranhando o silêncio dos poloneses do Deus Mortem desde o EP de 2016 (Demons of the Matter and Shells of the Dead).
Eis que em abril de 2019 somos atingidos com Kosmocide. Segundo Full length do Deus Mortem. Os poloneses nos trazem simplesmente o melhor álbum ate aqui de Black Metal. Recebi esta semana apesar de ter compro na pré-venda. Viva nosso lento serviço postal.
“Remorseless Beast” é o cartão de boas vindas desta máquina polonesa. A banda mostrou a que veio. Muito peso e agressividade. Eu diria que simboliza bem o álbum, já a sequência com a implacável “The soul of the Worlds” traz a cara do Deus Mortem e na minha opinião é A FAIXA do álbum. Temos muita pancada seca, contratempos alucinantes e as guitarras tão características do Black Metal. E o solo dessa faixa? Elaborado, estruturado, um relâmpago em forma de acordes.
O Deus Mortem vem expandindo sua criatividade desde seu debut. O Black Metal é clássico, mas.eles.meaclam muito speed thrash now arranjos. Isso gera um peso veloz que parece cortar os tímpanos. E dá uma certa malícia elaborada às composições.
Isso pode-se falar da “Sinister Lava” com sua batidanritmica que deságua em um derrame sonoro e nos traz uma das faixas mais.pesadas e complexas do álbum. Eu curto muito o vocal de N e o acho muito criativo. O destaque aqui é a pancadaria do BM clássico que cai em um emaranhado de sons dedilhados para voltar sibilante ao júbilo da agressividade.
A faixa “THrough the Crown it Departs” tem elementos de Death Metal, uma guitarra Arch Enemy se mescla ao clássico e violento Deus Mortem. Sem misericórdia. Muito pesado e sem meias palavras, mas comelementos além do BM, quase um thrash, mas não a bosta do thrash da Bay Area.
“The Seeker” é muito próxima ao que o Deus Mortem fez em seu debut. Destaque para passagens caleidoscópica das vozes em meio a violência sonora. Sabe que violência é um conceito subjetivo, mas não no caso do Deus Mortem. Você tem obrigação de ouvir essa faixa.
Temos agora “Ceremony Of Reversion p.2” continuação de penúltima faixa do primeiro álbum do Deus Mortem, só que lá é a parte 1 (Óbvio, né?). Faixa bacana, pesada colina anterior e com aura enigmática, coisa que a banda faz em meio a uma batida claustrofóbica como só ela sabe fazer. Cara, se você não ouve Deus Mortem está perdendo MUITO!
Essa faixa é linda e foi Preview antesbdo lançamento. Estamos falando da impiedosa “The Destroyer”. O que falar desta obra de arte? Melodia, vocal é o centro e o instrumental segue a voz, ou seja, a voz é um instrumento aqui, importante e que impõe presença. O álbum não poderia ser melhor.
Uma banda polonesa – tinha que ser né? – que cresce e se reinventa além de mesclar o clássico e forjar a cada lançamento sua identidade, cravando as garras na história do Black Metal. Este álbum nasceu clássico.
NOTA: 10/10