Áudio para deficientes visuais
|
GOATPENIS é uma horda que sempre foi cercada de polêmicas, mas apesar das adversidades, a banda sempre tem conseguido seguir seu caminho, mesmo após a morte trágica do frontman Sabbaoth. Contactamos o guitarrista Fernando Barg para falar sobre os planos futuros da banda, que inclui um novo lançamento e apresentações ao vivo. Confira!!!
Salve nobre guerreiro. Obrigado por responder esta entrevista. Sinta-se a vontade.
Saudações Lucifer Rising!!! Satisfação.
A morte de Sabboath foi um baque, tanto para a banda quanto para os fãs do GOATPENIS. Como você reagiu à morte do Sabboath? Foi cogitado o fim da banda após essa tragédia?
Realmente foi um acontecimento inesperado e trágico. Uma perda irreparável e apesar de eu ter uma postura mais fria com relação à morte, particularmente para mim foi terrível em todos os sentidos, pois éramos como irmãos, existia ali uma compatibilidade de ideias e ideais que é raro encontrar. No entanto ambos tínhamos em mente que não se tratava simplesmente de fazer música, essa postura militar sempre fez parte de nós independente de banda, portanto se tornou impossível parar. Enquanto houver um soldado em pé a guerra continua, tenho certeza que ele faria o mesmo!
Goatpenis estava seguindo como um quarteto até a morte de Sabboath. A partir de agora, a banda irá prosseguir como um trio e/ou estão pensando em recrutar um novo membro?
Desde a gravação do “Decapitation Philosophy” contamos com Necro Abhorrence na guitarra e backings vocals, sua entrada somou muito para o GOATPENIS. Temos plena consciência que Sabbaoth jamais poderá ser substituído, no entanto Necro Abhorrence até o momento se mostrou muito capaz de assumir os vocais de forma doentia e agressiva, decidimos então seguir em trio.
Você afirmou que o GOATPENIS está preparando material novo. Você pode adiantar algo?
Sim, apesar de ser um ano conturbado onde imaginávamos que não produziríamos muito, de forma inconsciente começamos a criar músicas novas e quando percebemos já estávamos com um material aniquilador nas mãos, então não haveria outro destino se não dedicá-lo a Sabbaoth.
O novo material trará algo novo jamais apresentado pela banda e/ou seguirá a mesma linha musical dos trabalhos anteriores?
O álbum contará a princípio com quatro regravações e seis músicas inéditas. Desde o “Biochemterrorism” eu componho o instrumental de praticamente todas as músicas, já no “Decapitation Philosophy” Necro Abhorrence participou na composição de algumas músicas. Fatalmente ao longo dos anos você acaba adquirindo mais conhecimento e começa a ficar mais exigente com seu trabalho, porém conseguimos extrair um trabalho bem sólido e maduro e com certeza traremos cada vez mais violência e ódio. Estamos muito satisfeitos, mas enquanto existir a escória humana nunca será o bastante!
GOATPENIS sempre surpreendeu ao vivo, devido ao seu visual bélico, muita das vezes copiado por inúmeras bandas. Como o público costuma reagir às apresentações do GOATPENIS?
Nos sentimos confortáveis com esse visual, nossas apresentações sempre são recebidas com muita agitação e energia. Acredito que é um somatório: músicas fortes, ser forte e naturalmente ter uma postura forte. Facilmente você consegue transmitir isso para o público e em várias ocasiões observamos pessoas despreparadas saindo assustadas no momento em que subimos ao palco.
Você entrou para a banda após o lançamento do full “Inhumanization”, passando a assumir as composições instrumentais. Quem assumirá as composições das letras do GOATPENIS, que antes era de responsabilidade do Sabboath?
Sabbaoth sempre foi responsável pelas letras e eu pelas composições da maioria das músicas. Felizmente Sabbaoth nos deixou um grande acervo de letras que contribuíram muito para criação desse novo álbum. GOATPENIS tem como foco o repúdio à existência humana, portanto enquanto a espécie existir não faltará inspiração.
É inegável que a banda possui uma grande legião de fãs espalhado pelo mundo. Esse respeito e reconhecimento se deram ao trabalho sério e compromissado que o GOATPENIS vem desenvolvendo ao longo de seus 30 anos de trajetória, elevando a banda ao status de banda “cult”. Você acha isso justificável e/ou você não se importa com isso?
De fato temos muitos que nos apoiam e que nos acompanham. Como você mesmo disse, acredito que isso se dá ao comprometimento e trabalho sério que o GOATPENIS vem desenvolvendo ao longo desse tempo. Eu nunca busquei reconhecimento, sempre fiz o que fiz por que faz parte de quem eu sou, não seria diferente, porém não há dúvidas que é gratificante ter o devido respeito das pessoas certas pelo nosso trabalho.
Goatpenis sempre pregou através de suas letras o total repúdio à raça humana, caos, guerra, extermínio etc… Segundo você, Goatpenis é…?
Uma arma!!!
A guerra sempre fez parte da história da humanidade, desde os tempos antigos. Para o GOATPENIS, qual o significado da guerra? A banda luta contra o que?
A guerra é um excelente veículo de extermínio humano, assim como as epidemias, doenças etc… “Lutar contra” é subjetivo. Eu literalmente luto contra qualquer um que atravessar meu caminho. Já num âmbito metafórico o GOATPENIS repudia a estupidez, a existência humana, seu comportamento imbecil e desprezível. Defendemos todas as formas de erradicação humana!
Muitas bandas de War Metal (tanto nacionais quanto gringas), têm lançado seus álbuns, uns com mais qualidade que outras… Em sua opinião, quais lançamentos merecem destaque e por quê?
Para ser sincero não costumo acompanhar muito a cena atual, até para não ser influenciado no meu processo de composição.
Chegamos ao fim da entrevista. Você gostaria de acrescentar algo mais?
– Esperem pelo pior!!!
Abaixo, apresentação do GOATPENIS em Belo Horizonte. Vídeo disponibilizado pelo selo Brazilian Ritual em homenagem ao Sabbaoth: