Áudio para deficientes visuais
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Bem, a história que contam é a seguinte: Mais uma vez o MASSACRE não conseguiu manter uma formação por muito tempo, ou devo dizer, o Kam Lee não conseguiu manter uma relação amigável por muito tempo ? Ano passado o Jeramie Kling (bateria) e o Taylor Nodberg (guitarra) pularam fora, e com eles, levaram as composições de um novo álbum. Juntaram-se então com Terry Bultter e formaram o INHUMAN CONDITION.
E o que podemos encontrar ? Bem, os caras estavam tocando no Massacre e juntando o currículo do trio posso citar Obituary, Six Feet Under, Death, Wombbath, Venom Inc. Será que precisam de mais alguma dica?
“Rat°God” trás um Death/Thrash Metal de qualidade e com gabarito de quem entende do que faz. Uma bela versão nacional, em slipcase CD, lançada pela Rapture Records, simultaneamente com o resto do mundo e que já está sold out lá fora nas versões em vinil!
A primeira faixa, com o curioso nome de ‘Euphorifobia’ é rápida e curta, dando boas vindas aos riffs e boas bases de guitarra de Taylor, com os vocais furiosos de Jeremie que também é responsável pelas baquetas. Já a segunda faixa ‘The Neck Step’ inicia com uma base mais lenta e compassada, porém é só a introdução para que umas paletadas e bumbos ecoem em seus ouvidos. A pancada “come solta” em certos momentos, variando em trechos mais cadenciados. ‘Planetary Paroxysm’ tem um peso descomunal , com uma base inicial muito fudida. Death Metal de primeira, variando no tempo certo velocidade e cadenciamento. O vocal de Jeremie se encaixam perfeitamente nas composições, dando uma qualidade à mais nas músicas.
‘Killing Pace’ é um Death/Thrash bem trampado com uma base típica, que me lembrou até em algum momento o Sepultura no tempo do “Arise”. Fiquei imaginando os mineiro tocando essa música naquela época, encaixaria perfeitamente. A seguinte, ‘Gravebound’ começa lenta, tímida, mas rapidamente é tomada pela selvageria típica do trabalho. Também tem sua partes que me fez recordar muito o velho Sepultura. Em ‘Tyrantula’ o Terry Butter impõe todo o peso do seu baixo, com certa influência da música do Obituary. É uma faixa que se inicia com “tambores” e teclados com um som futurista, para dá passagem a uma música com variações de tempo. Posso dizer que é a faixa “mais alegre” e que menos me agradou. Algo soa meio que “funkeado” em alguns momentos, se for possível me compreender.
A faixa título tem um clima mórbido inicialmente com teclados, mas dá passagem para mais uma música bem feita, com peso e identidade própria do estilo. Boa para bater cabeça com moderação, sem complicar a coluna e o pescoço..hehehehe.
Já na penúltima faixa ‘Crow Of Mediocrity’ que também se destaca pela qualidade da composição. Uns riffs fudidos que castigam nossos ouvidos junto com uma bateria poderosa e um vocal que impõe respeito. As quedas de tempo são marcantes e deixa a música ainda mais especial.
Como o próprio título já diz, o fato está consumado em ‘Fait Accompli’, fechando este trabalho de um Death Metal simples e direto, sem firulas e mantendo a velha tradição do Death Metal americano oriundo da Flórida.