Já faz um bom tempo que não criava interesse por nenhum material novo do MARDUK. Não que fossem ruins ou algo parecido, mas a meu ver, carecia de alma. Os lançamentos se sucediam, mas sem aquela pegada que havia sido marca registrada deles em vários álbuns da fase Legion (ex-vocal). Quando tive a chance de ouvir as primeiras músicas desse novo álbum “Viktoria” criei novamente o interesse de ouvir o material deles e foi uma decisão acertada. “Viktoria” não é um clássico do Marduk, mas tem alma e isso é o que sempre espero em um lançamento, seja qual banda for. O vocalista atual Mortuus tem uma performance muito boa e convence no seu trabalho… Mas vamos à música. Temos aqui um apanhado de influências de toda a carreira da banda. A sonoridade continua brutal e com riffs e melodias características ao som que os fez se tornarem um grande nome do estilo. O álbum abre com a faixa “Werwolf” que logo de cara mostra uma banda trazendo uma pegada diferente, quase punk, mas que funciona perfeitamente com a proposta desse som. É uma música foda e que ao vivo deve ser muito interessante de ver/ouvir. “June 44” é tipicamente uma música do Marduk. É rápida e traz riffs cortantes. Só não gostei do vocal acompanhando a base. Bagulho estranho, mas que é feito bem rápido, então não estraga o resultado final. “Equestrian Bloodlust” é a primeira música do álbum que me impressiona de verdade. Brutalidade absurda e grande composição. Isso É Marduk com toda a certeza. “Tiger 1” continua a tradição da banda de fazer muito mais lentas. É uma boa música, mas nada excepcional. O nível sobe novamente com “Narva”, outra música na qual a velocidade é intensa e as bases e riffs são matadoras. Outra música que tem culhões é a faixa título “Viktoria”. A produção em geral não me agradou muito, a gravação é muito magra e falta aquele peso bombástico que elevaria a brutalidade da banda para o nível de uma hecatombe nuclear. Mas “Viktoria” é um bom disco, sólido e que deve agradar os fãs da banda.