Gélido. É no mínimo como podemos definir este álbum do Murg. A dupla sueca não brinca uando o assunto é Black Metal. uando ouvi eu pensei “Olha, essa anda norueguesa….” e como eu estava errado. E ainda em ue estava, pois a Suécia é muito boa quando o assunto é metal e raramente decepciona na qualidade.
O álbum conta com 8 faixas e é um álbum maduro. A banda já tem dois álbuns anteriores e pelo mesmo selo. Isso porque foi formada em 2015, sente o drama! É uma banda que reflete bem a segunda geração do Black Metal, seu som é massivo, parece não ensaiado – jamais ensaiado antes! -, mas possui melodia, o que não impede que tragam aquelas energias negativas e pesadas para a mesa quando você ouve ela surgir nos auto falantes.
As faixas têm em torno de 5 a 8 minutos e o álbum totaliza quase 40min. Caramba e que álbum! “Ur myren” é uma introdução bacana para o álbum, guitarras barulhentas e bem alicerçadas em uma batida gélida. Há uns elementos bem BATHORY nos seus primeiros anos e no fim da música há uma energia bem semelhante.
Em “Berget”, temos aquela faixa que te pega, que você memoriza certas passagens e repete várias vezes. É muito boa! Bem trabalhada! Antes de irmos para a quarta faixa, deixe-me comentar um pouco a longa faixa título “Strävan” que possui um groove avassalador. Aqui vemos melodia, ensaiar de guitarras suecas e atmosfera dos primórdios do Black Metal, aquele clímax de melodia que precede a tempestade.
Temos algo bem folk em “Renhet”, há peso, mas há aquela pegada pagã de folk metal. “Altaret” é muito emocional, tem clima e melodia, mas tem algo sufocante também, eu a ouvi mais de uma vez. Foi a faixa que me fez esperar ue chegue logo 14/06 para por as mãos neste picture disc.
Em “Stjärnan” temos uma monotonia intencional – não me entenda mal! – e somos pegos pela atmosfera cinzenta que emana desta obra. Eu vejo esse álbum como um grande ciclo de imersão. Ele te captura e te prende e no final você é pego em devaneios nítidos. Você retorna.
“Strävan” é um álbum de Black Metal honesto. Você tem em suas mãos um álbum ue drena a bondade ao seu redor e transforma tudo em um ambiente gélido e te faz apreciar a obscura arte. É um álbum que não vai empoeirar na minha estante, estarei sempre regressando a ele.
NOTA: 9/10