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A banda do litoral paulista Neophitus que sempre esteve na batalha em nosso underground lança recentemente o EP “Anthropophagy Ritualis”, Death Metal muito competente e bem executado, vamos falar um pouco com Alex Pinho sobre esse trabalho e a trajetória da banda que vem trilhando esse caminho dentro da nossa cena underground.
A Neophitus foi formado no final de 1999, e sempre com problemas de formação, quais as maiores causas de tanta mudança?
Alex Pinho: A NEOPHITUS ao longo de sua trajetória teve problemas com formação pela falta de guitarristas em nossa localidade, por este motivo sempre tivemos músicos de outras cidades fazendo parte do nosso Line Up, pela distância alguns não perduravam muito tempo no cargo, logo ficávamos um tempo procurando músicos que se encaixassem nos ideais da banda e que tivessem disponibilidade de se locomover para ensaios etc.
A banda ficou um período sem as suas atividades, retornando em 2006, como foi esse retorno?
Alex Pinho: Nessa época retornamos com formação clássica da banda mas com apenas um guitarrista, fazíamos ensaios esporádicos e ficamos dessa forma por algum tempo… em 2017 por aí eu e o Pablo Baez guitarrista começamos a conversar sobre uma volta mais efetiva, trabalhando material novo e fazer shows, em 2018 conseguimos reunir a formação clássica da banda para esse retorno realmente, mas Junior o baixista resolveu não continuar, então convidamos outro baixista pra de forma efetiva retornar as atividades.
A Neophitus se estabiliza como um quinteto, fale sobre a escolha desses musicas?
Alex Pinho: A NEOPHITUS sempre teve 5 componentes em sua trajetória, em alguns momentos quarteto com um guitarrista apenas por falta de músico para compor nosso elenco, nossa forma de compor necessita de duas guitarras, pois cada uma faz uma linha especifica, e distinta, em algumas passagens fazem dueto etc, a escolha dos músicos sempre foi pautada em vários aspectos, técnica com o instrumento, performance, atitude, entrosamento com as nossas ideias musicais e ideológicas.
“Anthropophagy Ritualis”é o mais recente trabalho da banda, comente como foi a produção desse material?
Alex Pinho: A produção do nosso EP foi de forma no início natural, nos reuníamos para compor etc, aí veio a pandemia, que nos fez fazer tudo de forma mais remota e atrasou de certa forma o andamento, pois estúdio fechou, não podíamos nos reunir etc, mas no geral foi de forma natural.
Como analisa musicalmente o Neophitus em seu primeiro registro “Omnious (Live Sessions)” ate esse mais recente trabalho “Anthropophagy Ritualis”?
Alex Pinho: A NEOPHITUS musicalmente sempre primou em fazer Death Metal com passagens cadenciadas, primando pela essência do estilo em nosso início tínhamos vontade, atitude etc mas éramos novos com menos experiência e queríamos tocar, estar no palco, viajar, já com o amadurecimento e tempo de estrada, a banda evolui em vários aspectos tornando nosso som mais sólido, mais maduro e consistente, essa é a diferença em minha visão da época da “Ominous” para a fase atual do Anthropophagy Ritualis.
A temática da banda tem um conteúdo perturbador, quem é a mente por trás do Neophitus?
Alex Pinho: Procuramos abordar temas históricos, filosóficos, realísticos etc, no princípio quem escrevia as letras eram eu e o ex baixista Junior, coma saída do mesmo o baterista Nando (Por ser Historiador) começou a escrever junto comigo, a grande maioria da parte lírica fica a cargo de nós dois.
Após um período sem eventos devido toda essa onda pandêmica, qual é o futuro da banda em relação aos shows?
Alex Pinho: Como todas as bandas ficamos sem fazer shows durante a pandemia, em janeiro de 2022 retornamos aos palcos em eventos em SP capital e em Bertioga a cidade de fundação da banda, e estamos com uma agenda pros próximos meses, cidades como Sorocaba SP, Maringá PR, São Paulo Capital, Santos SP, Itanhaém SP, Taubaté entre algumas outras já estão em nossa agenda para apresentações ao vivo.
Quais as principais influencia musicais do Neophitus?
Alex Pinho: A banda tem as influências individuais de cada músico que contribui para um som com identidade, mas em suma são os grandes nomes do gênero dos anos 80, 90 e alguns atuais também.
Quais bandas de death metal de nossa cena underground você destacaria na atualidade?
Alex Pinho: Eu tenho gostado muito da qualidade das bandas nacionais do estilo, citar algumas eu vou acabar esquecendo algumas, mas Cemitério, Podridão, Carcinosi são bandas que acho uma sonoridade interessante.
Diante desse magnífico ep “Anthropophagy Ritualis” o que podemos esperar para o futuro? Tem previsão para um álbum?
Alex Pinho: Sem dúvidas, após lançamento do EP, vamos nos direcionar a produção do nosso álbum, que também será conceitual, pautado no tema charlatanismo, abordaremos os falsos profetas, os falsos curandeiros, os falsos cientistas que usavam do desespero dos enfermos para obter vantagens econômicas, sexuais etc.
A banda participou de uma compilation “Malign Spirit” in Rock Soldiers…9 em 2002, como foi esse convite para integrar essa compilation?
Alex Pinho: A NEOPHITUS participou ao longo desses anos de várias coletâneas, sendo a mais conhecida a série Rock Soldiers, os convites geralmente se dão aos produtores que conhecem nosso trabalho acharem interessante nossa participação, entrando em contato e nos colocando no cast das mesmas, o que ajuda a difundir nosso trabalho!
Agradeço pela entrevista deixando o espaço para suas palavras finais…..
Alex Pinho: Gostaria de agradecer imensamente o espaço para falarmos um pouco sobre nossa trajetória, nossos planos futuros, gostaria de pedir aos leitores que apoiem a nossa cena, adquiram merchan das bandas, visitem nossas redes sociais e ajude a nos difundir, agradecer a vocês do site. mais uma vez, aos nossos apoiadores fãs colaboradores, Stay Strong Não fugimos á guerra!
Alex Pinho NEOPHITUS since 1999.