Quem me apresentou ao som do REFFUGO foi o Sérgio Baloff, do Headhunter DC. Quando li o que ele falou sobre a banda já fiquei de antenas sintonizadas. Ele apontava como umas das melhores coisas que ele tinha ouvido no Brasil nos últimos tempos. Ao seguir o link compartilhado me deparei com uma banda realmente muito foda, com uma música de qualidade incontestável e que sabe o que é fazer death metal. Sim, não é fácil fazer esse estilo com qualidade.
E os paulistas do REFFUGO simplesmente chutaram várias bundas ao lançarem “Christ Agony”. O que temos aqui é um puta death metal, brutal mas ainda tradicional, muito bem construído e com uma produção muito acima da média nacional. É um álbum pesado para cacete e isso faz a música soar ainda mais impactante. Se tem que ouvir para acreditar, aconselho que vá direto para a segunda música “Reffugo”, que além de ser em português tem uma mesma pegada de um Cannibal Corpse mais antigo…
O vocal do Rodrigo Malevolent é absurdo. Todos os músicos aqui mandam demais nos seus respectivos instrumentos. “Aggressive Behavior” me lembrou o velho death metal holandês. Grande música… Uma das minhas músicas preferidas é “Die in Darkness”. Ela traz tudo que de mais foda o som do REFFUGO tem para oferecer. Peso, brutalidade, vocais do inferno, técnica e complexidade nas doses certas.
Todo o álbum é excelente e isso é algo muito positivo a ser dito pois sempre nos deparamos com álbuns que trazem momentos excelentes e outros dispensáveis e no caso de “Christ Agony” isso não ocorre. Parabéns à banda por um material tão fudido e aos selos por acreditarem no som desses caras e encararem o lançamento. Ao público só digo para mexer o rabo da cadeira, sair da internet e adquirir esse álbum.