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THE MIST é uma lendária banda mineira de Thrash Metal que já teve em sua formação o renomado músico Jairo Guedz (ex-Sepultura) e lançou álbuns clássicos como Phantasmagoria e The Hangman Tree. Pois bem, a banda está de volta, com nova formação, novo logo e se prepara para lançar seu mais novo álbum “The Circle of the Crow”, após um hiato de 25 anos. Para falar sobre esse lançamento e outros assuntos concernentes a banda, conversamos com Vladimir Korg, que gentilmente aceitou o nosso convite. Com vocês… Vladimir!!!
Obrigado por aceitar nosso convite Vladmir. Para iniciarmos a entrevista, fale um pouco das expectativas para o lançamento do mais novo álbum da banda “The Circle of the Crow”.
Vladimir: Expectativa imensa, eu posso te falar. Estamos muito felizes pelo resultado. Um EP que tem quase um status de álbum. É muita responsabilidade para a marca THE MIST. Foi necessário muita coragem para enfrentarmos este desafio. É uma história imensa. Eu jamais levaria isso adiante se não soubesse que conseguiria e se não tivesse certeza que trabalharia com as pessoas certas. Tudo redondo. O THE MIST está de volta, em estúdio e brevemente no palco.
A banda sempre explorou temas relacionados a ocultismo, questões sociais etc. Que temas foram abordados no novo álbum?
Vladimir: Temos alguns links com esses assuntos do passado ainda, mas com uma nova abordagem. Estamos no século XXI. O olhar tem que ser mais apurado. As coisas mudaram muito. O mercado da música, equipamentos e a própria audição tem uma outra aura.
O single “My Inner Monster” foi lançado dia 06 de Outubro, em todas as plataformas digitais. Quem por acaso ainda não ouviu, O que pode esperar desse lançamento?
Vladimir: Thrash Metal com a ambiência THE MIST. O clima de que você não está sozinho nessa porra desse mundo. Não enquanto vcê tem seus monstros interiores que você tem que combater diariamente.
“The Circle of the Crow” foi gravado por André Carvalho e produzido por Alan Wallace em parceria com a banda. O resultado final ficou do seu agrado?
Vladimir: Fizemos uma pré-produção poderosa. Alguns vocais inclusive usei da pré. Todos nós entramos com raiva. Chutando a porta. O THE MIST sofreu baixas e muitas questões psicológicas rodearam a banda. Tivemos que mandar tudo à merda e continuar.
A arte da capa, elaborada pela “Natureza Morta”, ficou bem sombria e angustiante. Quem é o artista responsável pela arte? Qual o significado por trás da arte da capa.
Vladimir: Trabalhei com o Anderson do Natureza Morta com o Chakal no Destroy e no EP do Unabomber. Ele me conhece e sabe bem o que eu gosto. Ele trouxe bem de volta o Scarecrow e desta vez ele comandando uma horda de corvos. Corvo é sinônimo de mau agouro e isso ele soube mesmo colocar na capa. A capa é para mostrar que não estamos pra brincadeira. É para olhar para capa e ver que o que tem lá dentro não é para você ficar parado e que tudo foi pensado para os fãs se surpreenderem e saberem que o THE MIST Mist vai voltar para os palcos mais rápido, mais técnico …com um som letal !
A nova formação conta com músicos de peso e renomados. Conte-nos como se deu essa união para a volta da banda?
Vladimir: Após a debandada, ficou Wesley, o recém chegado Edu Megale e eu. Como sou o único da formação original fiquei meio atordoado, mas os garotos me fizeram levantar a cabeça e seguir em frente. Foi foda isso, pois nos uniu como compositores, músicos e amigos. Desencanei bastante com esse lance de formação. Quem quiser ficar, fica. Cada um trilha seu caminnho como quiser.
O novo logo ficou muito fudido, bem mais moderno e com a cara da nova fase da banda? Você ficou satisfeito com ele? Quem foi o responsável pela criação do novo logo?
Vladimir: O logo ficou foda! A logo do ultimo álbum da banda, o “Gotverlassen”, não encaixava com nossa direção e o antigo tinha sido substituído por esse. Se houve uma necessidade de uma mudança, continuamos nesse caminho. Quem criou a logo foi o Anderson, do Natureza Morta.
A banda pretende sair em turnê, logo após o lançamento do novo álbum, a partir de 2022?
Vladimir: Claro. Já temos data marcada em Fortaleza e esperando Manaus e BH definirem nossas datas.
A pandemia parece está chegando ao fim, mas é inegável que a mesma causou um estrago enorme na cena underground. Na sua visão, o que mais a pandemia prejudicou?
Vladimir: Nada foi pior do que as mortes, as famílias enlutadas e a fome. O cancelamento dos shows e todos atores envolvidos na logística do underground foram impactados de forma fulminante e o o pouco caso dos governantes pioraram ainda mais o que já estava um caos.
Outro assunto, um tanto polêmico, mas é motivo de preocupação, é a atual situação política e econômica em que o país está passando. Você acha que já passou da hora de todos se unirem e tentar mudar esse quadro antes que seja tarde de mais?
Vladimir: Eu penso que essa bipolarização se tornou uma bola de neve e vai ser muito difícil desembolar isso. Gostaria muito que nós dessemos o exemplo e nos uníssemos, mas acredito que ainda o momento parece tão difícil. As coisas podem piorar muito, fico com medo do que estamos plantando agora e o que colheremos mais tarde.
O que mais lhe preocupa e incomoda?
Vladimir: A volta da fome no Brasil. Nada pode ser pior que isto.
Muitíssimo abrigado por esta entrevista. Por favor, deixe suas considerações finais.
Vladimir: Agradeço muito a todos vocês e continuem divulgando as bandas e músicos que acreditam na música pesada e na cena underground! Escutem THE MIST e comprem nossa merchandising na nossa loja, a FOG:YOU merchandising. Abraços e se cuidem.
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